As duas facetas do militar do monóculo

Antes e logo após o 25 de Abril, o carismático ex-governador da Guiné emergiu como um triunfador. Mas pouco depois passaria para a oposição – inclusive violenta – aos rumos seguidos pela Revolução

“Tínhamo-lo visto de luvas brancas e monóculo na Guiné. Vimo-lo depois na televisão, em uniforme de gala, lendo ao País a proclamação de que a liberdade tinha chegado. Cinco meses mais tarde, em setembro de 74, vemo-lo despedir-se do poder, com os ares de quem promete voltar quando a Pátria, de joelhos e falida, lhe suplique que retorne e a ponha em pé.” José Rentes de Carvalho, Portugal – A Flor e a Foice. Um olhar heterodoxo sobre os dias da Revolução, Lisboa, Quetzal, 2014, p. 197 O general foi retratado com o famoso monóculo na capa da revista Time, dedicada ao golpe em Portugal

Francisco Bairrão Ruivo*
VENCEDORES


Àluz dos assaltos falhados ao poder do 28 de Setembro de 1974 e do 11 de Março de 1975, a imagem que prevalece do general António de Spínola será a de um homem derrotado. Mas, se recordarmos o primeiro Presidente da República pós-25 de Abril ou o...

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